Uma
página de diário atual
Sexta feira, 26
de abril de 2013
Estou no estacionamento da Univille, vim
trazer o Yuri e a Paula pois, como hoje é feriado em Itapoá, só haveria dois
ônibus e eles não queriam arriscar chegar em casa à uma da manhã, então eu vim
estou aqui, no carro, porque está frio e minha cabeça está doendo.
Céus, como estou precisando de um amigo...
E sei que escrever no diário não ajuda, mas não tenho outra opção. Só tenho o
Yuri e a Paula como companhias, e eles não suprem minhas necessidades de
conversar. Faz tanto tempo que não tenho um amigo de verdade que às vezes me
pergunto como consigo sobreviver, assim. Quando estava no Correio eu até tinha
com quem conversar, desabafava alguns problemas com os colegas, porque era
diariamente, mas para fazer confidências reais não tinha, e isso tem durado
muito tempo. Eu me peguei em casa, desempregada de novo, olhando para as
paredes, escrevendo, sonhando, cuidando da casa e tão, mas tão solitária. E não
tenho idade para isso, mais, estou bem num beco sem saída. O que me salva é a
redescoberta do prazer de escrever e a internet, mas estou tão cheia de
problemas, tantas dívidas que não faço a mínima ideia de como vou pagar, que
não está fácil manter a abstração que é necessária para realizar os projetos
que me determinei, que é publicar o Filhos das Pedras para Kindle, no site da
Amazon, escrever o segundo volume, arrumar meu blog para ser o carro-chefe da
divulgação, e continuar aprendendo...
Eu preciso encontrar algum amigo que tenha
tempo para ouvir minhas confidências, em quem eu confie, eu preciso sair desse
marasmo, pois estou facilmente me entristecendo e eu não quero mais viver
triste.
Aqui, no estacionamento, eu descubro que
não precisava ter sido assim, mas, também, estou feliz. Só sendo assim para eu
dar valor a este momento. Nem tudo é tão triste, afinal, o Yuri está aí dentro,
é professor, já dá aulas, eu fiz meu dever, por bem ou por mal, ele está
criado. Não sou tão poderosa que precise tomar as rédeas de tudo, não posso
ficar no controle o tempo todo. Só preciso dar um rumo para minha vida, porque
a presença da Paula me lembra o tempo todo que daqui a pouco, eu vou estar sobrando
um pouco mais!
Céia
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